O controlo da energia!
A Síria governada por xiitas, ocupa um território de grande importância para o transporte de gás e petróleo. Pela Síria passa o Gasoduto Árabe, que liga o Egipto com a Líbia. O território sírio também é atravessado por uma parte do gasoduto que ligava a cidade iraquiana de Kirkuk com o porto sírio de Baniyas, que já não funciona desde a intervenção no Iraque em 2003
Se por um lado tal oleoduto seria vantajoso para a Europa, por outro iria criar um pólo de desenvolvimento extraordinário na zona do golfo pérsico interligado com a economia europeia, com claro prejuízo para os interesses da América, Israel e do Qatar. No próximo século a Rússia e o Irão ganhariam peso na região ao fornecer gás à Europa e ao receber produtos e tecnologia de ponta em troca. O gás natural é mais estável para o meio ambiente e mais abundante que o petróleo. Quase que poderíamos apelidar o conflito actual, como a "Guerra do gás",porque é na realidade o que se passa na Síria e na Birmânia.
Outro factor importante a ter em conta é o declínio americano. A história assim o prova, cada vez que a América precisa de capitais fomenta uma guerra na Europa.
A enorme fuga de capitais e de investidores externos, durante a primeira e segunda guerra mundial, foi o principal motor de desenvolvimento da América. Foi dessa forma que a América conseguiu tornar-se a maior potencia mundial. Assim o aparecimento da guerra na Ucrânia e de grupos extremistas destabilizando o médio oriente é uma estratégia que foi elaborada já há algum tempo. Mesmo antes de se saber da construção do gasoduto, mas que foi apressada com a noticia da construção do oleoduto PARS. O acelerar da estratégia acabou por ser prejudicial aos interesses americanos e israelitas.
Os ataques às torres gémeas forjados pelos Bush não tinham o único propósito de invadir o Afeganistão para derrubar o regime Talibã. O plano era bem maior, tomar conta dos 60% das reservas energéticas do planeta existentes no médio oriente. O plano englobava a colocação de fantoches em governos como a Síria, Líbia, Somália, Sudão e Irão. A guerra na Ucrânia seria deflagrada se por qualquer motivo o avanço nestes países sofresse algum abrandamento.
Desta forma utilizava-se a Europa para evitar um enfrentamento directo com a Rússia.A América reunio o apoio da Arábia Saudita que é sunita para enfraquecer o Hezbollah no Líbano, de Israel para realizar operações subversivas no Irão e na Síria e do Qatar que enviou 10 mil milhões de dólares ao ministro dos negócios estrangeiros turco, Ahmet Devotoglu,para formar um exército de radicais que invadisse a Síria.A Inglaterra deu suporte sem questionar o guião.Antes do passo decisivo, o amir Hamad bin Khalifa Al Than que governa o Qatar entra em contacto com Assad em 2009 para tentar a sua cooperação.Assad recusa para defender os interesses do seu aliado russo. O plano foi então colocado em marcha.
M.H. 25/8/2014