Vegetação de Marte na terra!

Socotorá ou Socotra, em árabe Suqutrah, é um pequeno arquipélago formado por quatro ilhas e que se situa no Oceano Índico, em frente à costa do Corno de África, a 250 km a leste do cabo Guardafui e a uns 350 km a sudoeste da costa do Iémen. O Iémen administra estas quatro ilhas em nome do Sultanato de Mahra e Socotorá.
Este é o habitat de uma variedade de estranhos animais e exóticas plantas que se adaptaram na perfeição a um ambiente quente e fustigado por enormes ventanias.São indícios que a vida surge nos sítios mais agrestes e que em Marte, por exemplo também poderemos encontrar formas de vida parecidas.
O dragoeiro, é o símbolo botânico de Socotra,também conhecido como árvore de sangue. A sua resina, o sangue do dragão, era muito utilizada na antiguidade como tinta ou como produto medicinal. Era comercializado na Europa.Tem os ramos voltados para cima e deste modo capta a humidade da neblina em terras altas. Não se reproduz em grande quantidade pelo que no futuro poderá estar em extinção.
Na colina conhecida como Firmihin, cresce uma floresta de dragoeiros. É muito raro encontrar no meio desta floresta novos rebentos, pelo que uma placa indica estarmos em zona protegida. Os cientistas que aqui aparecem comprovaram no início do século 20 que esta ilha tropical de 134 por 43 km, é uma miscelânea de biodiversidade. Com elementos de África,Ásia, Europa, aqui estão mais de 300 plantas que não aparecem em mais nenhum local do mundo. Chamadas espécies vegetais endémicas.
Ocupam em número o quarto lugar no planeta. Depois de Seychelles, Nova Caledónia e Havai.
No centro da ilha erguem-se os montes Hajhir, cujos picos chegam aos 1500 metros de altitude. São agrestes, e talvez por isso é que aqui se encontram a maior densidade de plantas endémicas da ilha. E em todo o sudoeste da Ásia.A nebulosidade nocturna proporciona a humidade essencial à sobrevivência das plantas que aqui se encontram.
Nas escarpas junto ao vilarejo de Qulansiyah, na extremidade ocidental de Socotra encontram-se rochedos avermelhados. Passeando por estas paragens encontramos a bizarra Dorstenia gigas,
uma figueira com formato bulboso, e também espécies raras de mirra e aloé, assim como uma elevada quantidade de outras espécies só existentes na ilha.
Conhecida como mishhahir em Socotra, esta planta serviu, nas épocas de fome, como alimento de emergência para os moradores locais. As suas flores constituem raros pontos de cor no meio do calcário cinzento na área de Firmihin.
As dunas de areia branca estendem-se por quilómetros em áreas como o litoral sul de Socotra, entre as quais esta praia, a Aomak. Os ventos intensos na época das monções mudam constantemente a posição das dunas.
O litoral variado de Socotra inclui praia de areia, pedregulhos, planícies cobertas de lama e recifes de corais fósseis e vivos. Os recursos marinhos continuam sendo vitais: os habitantes destas ilhas sobrevivem graças à pesca e criação de gado.